O teu amor na estufa do meu coração

Ah esse amor me corta, me rasga e estraçalha

Esse amor produz versos em mim

‘Dilacera’ meu ser em num ímpeto, ajuda-me a viver

Sobreviver, talvez

Pois vivo a devanear

E esperar…

De tanto esperar

Sei que é fome, é sede de te amar agora,

para sempre

Pois o meu por ti não tem hora

Em primaveras e em todas as estações

Contigo construo jardins subliminares

Adentro aos mares, risco o céu,

pois esse amor, oceanos em mim

Por vezes, nem sei mais o que sinto

Por isso penso que minto, omito ou em dissimulações

Mas sei que vozes lá do meu coração

Me pedem, imploram, suplicam para te amar,

Por estas e tantas razões,

adubo as sementes do amor em mim

Que sabe possa ser que um dia, talvez um dia

De tanto esperar, a esperança se torne a matéria

Eu possa então sentir, o que somente em abstrações

Pois no meu coração, estufas do teu amor

Mas podes crer que guardarei as sementes desse amor em mim

Para sempre até que não exista mais fim…

Nilson Ericeira

(Robrielle)