
Arari, o desejo, a cobiça e a posse
Muitos querem namorá-la
Outros a assediam
Mas nem todos a amam
O desejo de tê-la para usá-la
e abusá-la é evidente
Assim descem os batelões
Vão-se as canôas
E lanchas, as ‘bataquinhas’
Nos porões da barca,
Uns ratos fazem a festa
Às margens do Mearim
A cidadezinha imortal
Sendo sangrada
Sagrada e imortal que é
Lá onde nasce a pororoca
De onde brota uma intelectualidade sem igual
Uma das moças mais cobiçadas da Baixada
Ao tempo em que há um Bom Jesus
A graça da praça é da Graça
Onde todos bebemos da fonte
Enquanto alguns dão gargalhadas
Muitos ainda passam fome
Ainda há quem te venerem e até exaltem
Falta muito, pois falácias não alimentam
Oh cidade de todos nós!
Por que tantas juras de amor sem destemor
Se te sangram
Farta está de estranho amor que é posse
Literalmente posse
Nilson Ericeira
(Robrielle)
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