Amor que é ar, água e vida.

Você
me apareceu!

Antes
a procurei em outras pessoas.

Não
podia ver um riso, mal me continha.

Era
num sinal de espera.

E
o tempo passou:

restou-me
projeções.

Abastecido
de amor, esperei.

Na
expectativa de amar,

continuei
vigilante.

E
numa censura torturante,

vi-me
amante.

E
no cenário completo,

precisava
me completar.

Faltava
você com seu jeito,

seu
encanto sedutor.

E
na sombra de mim, você.

Do
meu lado, ao lado,

no
meu coração.

Meus
olhos de procura correspondiam ao coração.

Na
luz, na estrela, no romance, na canção.

Esses
foram os caminhos por que busquei.

Em
tudo, em todos,

lancei
a minha chama.

A
procura me enchia e me esvaziava.

E
os minutos são horas de espera.

A
ausência, eternidade.

Mal
me cabia em mim.

Bastava-me
se você chegasse.

Essa
é parte de você que eu não tenho.

Ar,
água e vida.

Se
você não vem.

E
com a essência das flores.

Com
a pureza dos anjos.

Inocência
de menina, beijou-me.

Encontrei-me
com meu mundo de imaginações.

Resplandeceu
ali sinais de luzes muito fortes.

E
numa profusão de cores, pintei o amor. 

Pintei
você em mim.

Exuberante,
charmosa, dengosa, faceira.

Encontrei
seu riso na minha felicidade.

E
bebi dessa fonte, fonte de amar.

 Nilson
Ericeira

 Robrielle