Versos mal acabados e/ou um contador de versos

Versos mal acabados

e/ou um contador de versos

Vivo a fazer versos

Os faço quando estou sozinho

Em multidões

No mundo certo e incerto

Nos mundos que crio

Terço assim os fios da vida

Puxando fio a fio e compondo sonhos meus

Mas não deixo de contar versos

Conto-lhes quando ninguém percebe

Quando busco justiça

E quando me encontro com ela

Assim é minha vida

Um calafete de versos

Porém sei que são versos mal acabados

Aliás, não viverias sem veros

Portanto, versarei a vida e o amor

E sempre que puder sentirei essências tuas

Pois assim eu sei que inspiração não me voltará

Uma vez que lá meu coração

Puxo os fios do teu amor para versar

Então, versarei eternamente

Feito semente que Deus botou no mundo para borotar

Nilson Ericeira