O Estado invisível, filhos órfãos

Por Nilson Ericeira

O Estado invisível, filhos órfãos

Lamentavelmente há milhões de pessoas que o Estado não alcança, ou por omissão, ou por desconhecimento completo da existência delas. Por vezes, lamentavelmente, são as mesmas que ajudam a passar procurações e respectivos mandatos.

Olha só, ratificamos a ausência de Estado em nossas vidas, fator gerador de violências simbólicas e reais.

A contradição disto é a venda do ilusório, ou seja, muito longe da verdade real, que lamentavelmente encontra cidadãos prontos para ajudarem nessa omissão, pois boa parte das vezes, além de negadora de direitos, também e principalmente, cometedora de crimes. É que nós temos uma mapa continental, a Constituição Federal, com mandamentos, vide pelos menos o artigo 6º, uma vez que somos exímios contadores de histórias descabidas e sem sentidos, com ares de verdades. É que vivemos numa época em que sabemos muito mais que os especialistas em quase todos os temas. Elabores de teses e fórmulas da verdade única e ao sabor dos dígitos.

Assim os filhos órfãos de Estado seguem ratificando um Estado escravocrata e, ainda, festejam a sua própria desgraça, basta para isso, que tenha uma eleição em evidência. Na minha opinião, é na eleição que ratificamos o nosso masoquismos incubado durante estações.

Há um desvario coletivo, ou não? Onde se criam palavras e bordões açucarados ao sabor da incompetência. É uma fuga esvaziada em se mesma.

Vivemos a alegria da negação de Políticas Públicas e ‘roubo’ literal das verbas públicas. E seguimos como filhos sem pais, sem país, sem noção, ou melhor, sem Nação.

Observem como vivem os mandatário que passam pelo poder, ostentando e rindo de nós. ‘Acho’ que nos veem como uns coitados!

Há direitos indisponíveis, a liberdade é um destes, porém, não podemos usá-lo contra nós mesmos. O pensar antecede a reflexão, mas um e outro nos fariam bem, caso optássemos em refletir sobre o Estado que criamos, a maioria das vezes, contra nós próprios.