Já é tarde
A despedida
Recolho-me
Sem despedidas
Junto ao silêncio da noite
E a fadiga da solidão
Recolho-me sem diário e sem lágrimas
Pois insuficientes
Escassas, talvez
Refugio-me nos meus próprios escombros
Depois da vida em tempestades
O Ser em calmaria
Agora, saio de cena como um figurante convidado de última hora
Um renegado
Escondido em si mesmo
Da forma de um monumento de agruras
Marcado no peito com ferro quente
Em indeléveis dores sentidas
Agora, despeço-me
Não chore, por favor, não chore
Mas espere um pouco, vejo-lhe de espreita
Seguindo meus passos…
Acho que decifras a voz do meu coração
Eu te amo!
Ainda que me vá…
NILSON ERICEIRA
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