O poeta sem letras
Recolho-me ao meu desprestígio
Apenas com abraços que não me desabraçaram
Com sinais de compaheirismo
Mesmo por que aborto aparências
E não vivo de migalhas
Aborto, aborto, aborto…
Os que, para servirem como serviçais que são, prejudicam, maltratam, aplicam-lhes punhaladas por meio de seus risos falsos
E ainda fazem convites para festas
Mas caras, risos falseados, não enchem barrigas
Como disse antes, recolho-me, defenetro-me, mutilo-me
Rejeito a ilusão de falso amigo
Prefiro que passe ao largo e veja-me como um estojo
É, eu me prefiro ser um pária, ante a essa gente hipócrita
Em sendo um invisível e sem as suas virtudes, minha consciência não sangra
Mas meu ser não dorme…
Nilsin Ericeira
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