O homem na máquina do tempo
Triste fim ou recomeço
O homem devora o homem
A máquina persuadi o homem
No lombo, novos açoites
Outros patrões, muitos escravos
Na rua, em casa, no trabalho…
Senzalas
Cortiços
E cárceres…
O homem não ver o que está do seu lado
Não se ver, não se percebe e não se sente
Mas vai buscar o que se distancia
Equidistante de si mesmo, definha
Pobres homens, apequenam-se
Zumbis de si mesmos
Autoproclamas, autofalantes, auto escreventes
Dizem-se conectados consigo mesmos
Mas alienados
Uns produtores e reprodutores de mentiras
Divulgadores do inverídico
Eles mesmos decretam seus veredictos!
Há uma’ humanidade’ comprometida
Somos algozes da morte
E silenciamos
Horrores
Estamos nos nossos próprios escombros
Mas os nossos dígitos são impiedosos!
Estamos escravos de nós mesmos
O fim é o meio
O meio é o fim
Mas no princípio, a carne
A carne se fez vermes
Nilson Ericeira
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