Por Nilson Ericeira
(Jornalista, professor, ex-feirante, psicopedagogo, poeta, escritor e advogado)
Ah, amigos! Não há amigos!
Há uma máxima popular que diz ‘que quem deixa de ser amigo, nunca o fora amigo’. É evidente que tudo deve ser analisado no caso concreto, do mesmo modo que nos ensinam o direito e a justiça. Porém, a distância nos leva a crer que esta assertiva tem, às vezes, uma boa margem de certeza.
Tendo como princípio a transparência nas amizade que se desejam sólidas, portanto, confiantes, pois acredito que os amigos nunca se afastam, mesmo que não estejam próximos fisicamente. Gosto sempre de analisar os gestos, as falas de maneira geral e, principalmente o comportamento, porém tenho muito cuidado para não me precipitar, até porque sou um péssimo julgador, aliás, acho que não tenho aptidão para isto.
Julgar é para quem tem douto saber e consegue ter o máximo de imparcialidade e isenção. Geralmente as relações de amizade são emotivas.
Os amigos só para as coisas que convêm não é amigo. Mas nem sempre trazemos isto na testa, como distintivo, só a convivência e a observação nos levam a desanuviar o que se aparenta de modo contrário.
No discurso os hipócritas deixam suas pegadas e rastros… É só seguir e logo se ver o que está por traz do recheio.
Tenho poucos ‘ex-amigos’, dá para contar nos dedos, mas ainda assim, levei um tempo para descobrir que, estes poucos, com o advento de me ajudarem, faziam-me muito mal. É que algumas pessoas são sábias demais para que eu possa conviver e interagir, é como se existisse uma escada para chegarmos ao céu! Fato impossível para mim. Ou mesmo a límpida águas dos narcisos, porém traumática.
E pisando mesmo no chão das minhas impressões, reforço a ideia de que nem tudo que parece é, pois há pessoas que se esforçam muito para ser o que de fato não são, mas em algum momento, deixam escapar ou mesmo desnudar as máscaras.
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