Rufiano, o Língua de Trapo, entristecido, melancólico e derrotado, acometido de da síndrome da abstinência do poder, foge da UTI do Hospital da Oliveiras.
Ninguém sabe, ninguém viu! Como a vida fictícia é completamente diferente da vida real, pensa-se, especula-se, deduz-se que Rufiano teve morte política presumida. É que o tempo das novelas e contos não é o nosso tempo.
Mas na vida real, o aloprado teve e tem tudo que o bom falastrão tem, tem tudo e não tem nada.
Agora que ninguém sabe para qual galáxia foi o mexeriqueiro e intrometido, o melhor que fazemos em breve é prestar-lhe homenagens ‘póstumas’, presume-se que tenha morrido politicamente e ninguém sabe determinar nada: onde foi e do que foi a falência dele.
Uns dizem que foi de desamor, outros, desilusão, a maioria acha que foi de banzo, pois ocasionado por uma tristeza profunda de meter o dedo na goela.
Rufiano, antes de partir, deixara um testamento, cartas aos poucos amigos e muitas botas para os puxa-sacos lamberem. Pagamento dos compromissos que é bom, arrumou tudo dentro de uma sacola e decolara…
Até um dia, ‘bay, bay’! Oh Rufiano volte para o seio de sua amada!
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Velejar…
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