Por Nilson Ericeira
Até que tentei ser um radialista!
Na década de 90, alguns meses antes de terminar o curso de jornalismo na Ufma, procurei a Radio Educadora, em São Luís, salvo engano ainda funcionava na Igreja da Sé, onde fui recebido pelo saudoso jornalista Roberto Fernandes.
Nesse dia, levei uma gravador de fita cassete, todo enrolado em ligas de borracha, que ainda guardo, com uma simulação de uma reportagem policial. Nesse tempo, eu morava em república e, lá pelas tantas da noite, usei da minha imaginação para essa ‘produção’.
Empolgado como quase todo estudante de Comunicação é, achei que aquilo tinha algum sentido, e como era deveras influenciado pela programação da Rádio Educadora e profissionais daquela emissora, no que considerava uma das mais combativas, resolvi aventurar-me para um pedido de oportunidades, fosse um estágio ou algo que eu pudesse fazer.
Sou ouvinte rádio desde pequenino e foi por meio do rádio que me tornei motense, mas esta é outra história.
Com as devidas vênias, nesse período, o produtor ou coordenador da emissora em tela era o jornalista Zeca Soares, salvo engano.
O que eu me lembro do que me falou o competente e saudoso Roberto Fernandes: ‘que eu tinha chegado ali em que havia terminado um projeto e que fundariam a ‘Pool’ e que talvez fossem precisar de novos profissionais. Escutou a fita eu acho que por educação.
Antes disso, porém, eu e Carlão de Germano, irmão de Zé Rôcho, imitávamos os radialistas, da programação nacional da TV, nos jogos de futebol a que frequentávamos em Arari. Ficávamos à beira do campo andando de um lado para o outro ‘narrando os jogos’.
Olha só, como são os sonhos! Eu ‘imitava Luciano do Vale e dizia: “por pouco muito pouco, pouco mesmo!” “Deus é quem te paga Leão!”
E o sonho me levou para a universidade e fiz o Curso de Comunicação Social com especialidade em Jornalismo. Sou feliz assim.
Recordo-me também quando fiz algumas apresentações com o saudoso jornalista Cícero Alves, na Rádio Cidade de Vitória, cujo nome do programa era ‘Olho Vivo’. Mas não me foi uma boa experiência, fiquei com muito medo e preocupado, pois Cícero apresentou o primeiro bloco antes dos comerciais e retornou com a minha fala, bitolei-me a mandar abraços para as pessoas que eu conhecia em Vitória do Mearim e Arari.
Alô meu amigo Bargadinho! Alô meu compadre Pedro de Aprígio! Eu sei que foi assim.
De tudo um aprendizado, grato a Deus pelos caminhos de aprendizagens oferecidos.
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