Cortina
Presentam-no um céu claro
O doce e o amargo da vida
E vivemos desgustar
Falam-nos de uma liberdade que sabem não existir
Vestem-nos de certeza que eles mesmo não acreditam
Cobrem com vestes que jamais vesteriam
Pois uns nus morais ou travestidos
Esse é o soneto de um verso apresentado
Deram que sejamos melhores que eles
Apenas em falácias retóricas
No final, sobra, nos as sobras
Corroídos que somos por aparências e enganações
Somos apenas uma Cortina ou retalhos que se querem recompor
Cada um no seu lugar
A espera do nada
Nilson Ericeira
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