A polis na emergência!

Quando
quase todos já domem na polis

Homens
devoram homens

Uns
ratos devoram o queijo

Quando
a cidade dorme,

Homens
maquinam

Homens
máquinas

Máquinas
de devorar homens

Em
voraz interesse no que é do outro

Famintos,
homens se alimentam de ilusão

Outros
pregam a restauração

Outros
e outros e mais outros…

Outros
em depressão

Pois
é podre a podridão

Mas
a polis ressona tranquila

Enquanto
é saqueada, sacaneada, delapidada, dilacerada…

Mas
há uns ‘esteticitas’ de letras marginais

Pagos
com as penas da morte

Com
a sobra ou sobejo alheio

Com
sangue humano

Canibais!

Cães
e mais…

Mas
enquanto a pocilga fede


quem ronde a casa grande

Depois
recolhem-se as senzalas

Então,
segue o jogo

Na
jogatina tudo vale

Mas
enquanto isso,

a
polis sangra

 Nilson
Ericeira