Quando
quase todos já domem na polis
Homens
devoram homens
Uns
ratos devoram o queijo
Quando
a cidade dorme,
Homens
maquinam
Homens
máquinas
Máquinas
de devorar homens
Em
voraz interesse no que é do outro
Famintos,
homens se alimentam de ilusão
Outros
pregam a restauração
Outros
e outros e mais outros…
Outros
em depressão
Pois
é podre a podridão
Mas
a polis ressona tranquila
Enquanto
é saqueada, sacaneada, delapidada, dilacerada…
Mas
há uns ‘esteticitas’ de letras marginais
Pagos
com as penas da morte
Com
a sobra ou sobejo alheio
Com
sangue humano
Canibais!
Cães
e mais…
Mas
enquanto a pocilga fede
Há
quem ronde a casa grande
Depois
recolhem-se as senzalas
Então,
segue o jogo
Na
jogatina tudo vale
Mas
enquanto isso,
a
polis sangra
Ericeira
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